Havia um deque largo e longo, suportando de uma ponta a outra o mar que insistia em tentar derrubar as toras de madeira fincadas na areia. Havia ondas, pequenas, que hora e outra soltavam espumas brilhantes, quase colocando formas estranhas para fora d’água. Havia aquela fileira de barracas recheadas de frutas de todos os tipos, havia lojinhas de suvenirs, artesanatos, brechós e livrarias esperando uma merecida visita mais demorada.
Havia bancos de madeira a cada cinquenta metros, virados para o mar, onde os casais se abraçavam. Era fim de tarde, apesar de ser muito tarde no meu relógio e o sol ainda causticava os rostos rosados dos homens e mulheres que por ali não paravam de ir de um lado para o outro. Ali, os séculos não passavam, o mundo não girava: como se o lugar, as pessoas, quem sabe até o clima frio e seco estivesse preso nos anos 50. E eu também estava lá.
Continua...
Havia bancos de madeira a cada cinquenta metros, virados para o mar, onde os casais se abraçavam. Era fim de tarde, apesar de ser muito tarde no meu relógio e o sol ainda causticava os rostos rosados dos homens e mulheres que por ali não paravam de ir de um lado para o outro. Ali, os séculos não passavam, o mundo não girava: como se o lugar, as pessoas, quem sabe até o clima frio e seco estivesse preso nos anos 50. E eu também estava lá.
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